terça-feira, 9 de dezembro de 2008

UrbeSonora -Lançamento do Projeto



De experimentação sonora à musica de pista.





O UrbeSonora é para seu Ouvido Pensante - Um espaço para experiências sonoras, áudioarte e música experimental. Acolhe e apresenta desde música eletroacústica, paisagens e arquiteturas sonoras, experiências acústicas e espaciais com o som, vertentes mais melódicas, miscigenadas e inclassificáveis até música dançante voltada para as pistas mas sem cair no comum.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Chega hoje ao fim a ''Bienal do Vazio''

Camila Molina para O estadão.
Sábado, 06 de Dezembro de 2008 | Versão Impressa


Quatro artistas especialmente convidados pelo Estado comentam o polêmico evento que propôs debate e redução da mostra

Hoje termina a 28ª Bienal de São Paulo, Em Vivo Contato, finalizando sua curta duração, de 42 dias. Para quem quiser ir ao pavilhão ainda hoje, entre as atividades do dia estão, das 10 às 15 h, apresentação do trabalho Arquitetura Paralaxe: Aparecer - Desaparecer, de Alexander Pilis; e às 15 h, conferência no auditório do seminário Bienais, Benais, Bienais..., com a participação de Catherine David (curadora da polêmica Documenta X), Gabriele Horn, Michael Krichman, Thierry Raspall e Ivo Mesquita. Vale também conferir o Video Lounge, curado por Wagner Morales, seção de vídeos que ficou de certa forma "invisível" durante o evento. Já às 20 h começa o encerramento, com "festa" no térreo, apresentação de Axé Vatapá Alegria Feijão, do coletivo Assume Vivid Astro Focus.

Edição apelidada de "Bienal do Vazio", Em Vivo Contato, com curadoria de Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen, gerou reações negativas e positivas. O Estado convidou os artistas Paulo Pasta, Nuno Ramos, Shirley Paes Leme e Rosângela Rennó a darem suas opiniões do ponto de vista dos criadores sobre o que resultou dessa polêmica Bienal (leia ao lado). Edição que teve poucos trabalhos expositivos, atividades multidisciplinares, espetáculos e seminários e, ainda, como gesto maior curatorial, a opção por deixar o segundo piso do pavilhão da Bienal totalmente vazio, sua proposta era colocar em discussão a Bienal e o modelo do evento. Mesquita afirmou anteontem, no auditório, que o "debate poderia ter sido mais interessante" e fez a defesa da edição pelas várias críticas que recebeu. Para ele, foi "sucesso de público": acredita que até o fim do dia, a 28ª Bienal possa contabilizar pouco mais de 200 mil visitantes. "A Bienal de Veneza no ano passado, de junho a novembro, teve 370 mil", argumentou.



Paulo Pasta
"Penso ser quase um consenso a constatação da grande frustração que foi essa Bienal. Inútil querer procurar, à maneira de Poliana, o lado bom.

Com toda a consideração devida ao curador, pela sua trajetória e seriedade, o maior resultado dessa edição talvez tenha sido, ao contrário de um debate sobre esse tipo de mostra, ou de uma reflexão sobre a forma - mercadoria que a arte vem assumindo nos últimos tempos, o empobrecimento da experiência. Penso que isso acontece por uma razão óbvia: a ausência - ou a quase ausência - da obra de arte na referida exposição. Segundo os curadores, o objetivo central seria a de uma "Bienal de estratégia" e não de produção artística. Caberia aqui a pergunta: o que poderia gerar o debate que interessa? Não seriam justamente questões vindas da produção artística? Quando a obra está ausente, tudo se empobrece. A obra, a sua presença, é que sustenta o agora, que oferece os vários sentidos ao debate. Quando ela não está presente, sobra apenas a discurseira. Nessa direção, o vazio transforma-se em empobrecimento. E penso que nessa Bienal sobrou discurso... O que vem revelar o outro lado do empobrecimento: o da chatice. Bienal que discute Bienal, arte que discute arte, etc.

Sobre o que pode resultar dessa Bienal, eu acho que pouco. Lembro-me da história do homem que tinha um burro que comia muito. Querendo ter menos despesas com a alimentação do animal, o homem foi diminuindo, aos poucos, a quantidade de comida dada ao bicho. Quando este estava quase acostumado ao mínimo de comida, ele morreu.

Penso que essa história poderia servir de metáfora para essa Bienal do pouco. O maior perigo desta talvez seja acelerar esse sentido de morte. Sim, porque tudo o que começou um dia pode acabar. É responsabilidade da gente dar continuidade às coisas."


Shirley Paes Leme
"Acho que o curador Ivo Mesquita é um profissional extremamente competente e corajoso ao romper com o estabelecido trazendo à tona uma questão que é importantíssima para o mundo contemporâneo: o espaço heterotópico. O curador e sua equipe trabalham com a dessacralização do espaço unindo o fora e o dentro como uma coisa única sem separação. Não é à toa que trazem a performance de Joan Jonas, que nos leva a vários espaços de heterotopia como levantados por Michel Foucault em Des Espaces Autres , texto publicado em 1984 a partir de palestra proferida pelo autor em 1967.

O vazio deixado propositadamente no segundo andar é o espaço deixado para a criação. É como se a Bienal fosse a mente do criador: para se criar é preciso que a mente esteja vazia, que haja espaço para ser ocupado.

Os seminários trazem questões importantíssimas a serem discutidas, pois a memória é o lugar em que o homem encontra as raízes de sua identidade, constrói sua dignidade e guarda seus sentimentos. Para além dos seminários os debates são necessários para o esclarecimento, a divergência, e o aprendizado. Tom Jobim disse que fazer sucesso no Brasil é traição nacional. Eu diria que romper com o tradicional é quase traição nacional. A curadoria, ao romper com estabelecido, questiona a própria mostra e os outros modelos de grandes exposições e bienais que existem. Precisamos sair do âmbito do pessoal, do particular, para o debate público e abertura a novas possibilidades - só assim seremos universais."


Rosângela Rennó
"Acho que essa edição vai ficar inscrita na história das Bienais de São Paulo como um episódio melancólico: uma Bienal com pouca ou quase nenhuma arte. É possível fazer uma Bienal com poucos artistas, mas o que não se deve fazer é uma Bienal com pouca arte. Painéis de discussão, ciclos de debate e palestras são importantes, principalmente, se a intenção é a discussão sobre a crise institucional, mas não são suficientes; não se pode negligenciar a responsabilidade que essa mostra tem com um público muito maior do que aquele que freqüenta os auditórios do pavilhão. O enorme público que comparece às Bienais de São Paulo tem um perfil muito mais elástico do que aquele que freqüenta as Documentas de Kassel, por exemplo. Quando ele entra no pavilhão é pra ver "alguma coisa" e não um espaço vazio justificado por um texto que se resumiria com um "je suis désolé", ainda mais porque esse texto não foi escrito por um artista. Se a intenção da Bienal era mostrar a crise ou o esgotamento da instituição que a abriga, que o fizesse através de trabalhos e não da ausência deles. Dessa maneira o público entende como a falência da própria arte. Por que, então, não ficaram só no território do teórico, do conceito? Talvez tivesse sido mais eficaz: parar pra pensar, identificar os problemas e achar soluções pra fazer melhor na próxima."

Nuno Ramos



"Pra mim foi uma espécie de morte anunciada - parecia que ia dar errado, e, adivinhe, deu mesmo!

O Nelson Rodrigues tem uma peça, acho que é Os Sete Gatinhos, em que um pai de família culpa um homem que chora por um olho só pela decadência de sua família. Na cena final ele chora... por um olho só, e descobre ser ele mesmo o algoz familiar. É essa bandeira que diversas instituições ligadas à arte vêm dando há um tempo já - elas estão chorando por um olho só, atacando, controlando, vigiando, disciplinando, reduzindo, emburrecendo (consciente ou inconscientemente) aquilo que supostamente deveriam preservar e engrandecer: a arte.

Essa Bienal, pra mim, com todo respeito aos artistas participantes (que tiveram um papel de fato coadjuvante), foi o exemplo extremo disso, a ponto de (nunca é demais repetir esse fato espantoso) ter praticamente substituído os artistas pela Curadoria."

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*Separei algumas parte que concordo, e outra que discordo.

"não se pode negligenciar a responsabilidade que essa mostra tem com um público muito maior do que aquele que freqüenta os auditórios do pavilhão. O enorme público que comparece às Bienais de São Paulo tem um perfil muito mais elástico do que aquele que freqüenta as Documentas de Kassel, por exemplo. Quando ele entra no pavilhão é pra ver "alguma coisa" e não um espaço vazio justificado por um texto que se resumiria com um "je suis désolé", ainda mais porque esse texto não foi escrito por um artista"
"A obra, a sua presença, é que sustenta o agora, que oferece os vários sentidos ao debate. Quando ela não está presente, sobra apenas a discurseira. Nessa direção, o vazio transforma-se em empobrecimento. E penso que nessa Bienal sobrou discurso... O que vem revelar o outro lado do empobrecimento: o da chatice. Bienal que discute Bienal, arte que discute arte, etc."

O ùnico comentário que louva a iniciativa, é justamente um desses que considero bem "arte contemporânea".Embebido de selos e referências e estrangeiras, exibição de conhecimento das estrelas da arte européia (ou norte americana) e chavões básicos da pós modernidade (rs!): Heterotópia e Dessacralização.

"Não é à toa que trazem a performance de Joan Jonas, que nos leva a vários espaços de heterotopia como levantados por Michel Foucault em Des Espaces Autres , texto publicado em 1984 a partir de palestra proferida pelo autor em 1967.
Precisamos sair do âmbito do pessoal, do particular, para o debate público e abertura a novas possibilidades - só assim seremos universais."
*Até concordo com esta ultima frase, mas não neste argumento que a Shirley defende.Me parece que a universalidade que ela menciona é muito mais uma universalidade de tornar-se internacional, global do que reconhecer a universalidade de nossas necessidades e potencialidades dentro de nossos próprios contextos.Acho que se o "pessoal" não fosse universal, a arte nem de longe poderia atualmente ser contemporânea.
Aslan Cabral

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Artistas cobram iniciativa da Bienal para liberar pichadora presa há 40 dias

04/12/2008 - 07h01
Rodrigo Bertolotto
Do UOL Notícias
Em São Paulo (SP)

Caroline Piveta da Mota, 23, entrou no prédio da Bienal de São Paulo, pintou com spray uma parede e está presa há 40 dias. Levada ao 36º Distrito Policial , na rua Tutóia, três dias depois foi aprisionada na Penitenciária Feminina Sant´Ana, no Carandiru.


PICHAÇÃO E DETENÇÃO
As últimas palavras a caminho da viatura foram: "Eu sou pichadora" e "Viva a pichação". Isso aconteceu no primeiro dia do evento, que termina no próximo sábado marcado por esse caso policial.

A ação no segundo andar do prédio (a "planta do vazio") foi classificada como "terrorismo poético" e "intervenção artística" por seus defensores e de "vandalismo" e "atitude autoritária" pela declaração oficial de uma Bienal que tinha como lema "Em Contato Vivo" e prometia refletir sobre a arte contemporânea e o circuito artístico.

"Isso é uma hipocrisia absurda. Quem devia ser preso são os organizadores. O andar vazio era um convite à manifestação, à contravenção. O mínimo que a Bienal pode fazer é colocar seu advogado para liberar a moça", afirmou o artista José Roberto Aguilar.

Fora a declaração em 27 de outubro, a curadoria da mostra não quis se manifestar sobre o assunto. Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen foram procurados pela reportagem do UOL desde a semana passada, sempre alegando por meio da assessoria de imprensa que não tinham espaço em suas agendas.

Quem falou foi Rafael Vieira Camargo Martins, 26, o amigo de Caroline que foi preso ao levar os documentos da garota no DP. Ele foi reconhecido pelos presentes na delegacia e acabou detido por oito dias. "Fui à Bienal porque vi as mensagens pela Internet falando da invasão. Mas não pichei nada. Fui só ver. Eles não conseguiram provar e me liberaram", contou em conversa telefônica.

Taxista na região do Ipiranga, ele afirmou que perdeu dias de trabalho e a auto-estima com a prisão. "Com que cara eu fico diante de meus passageiros, sabendo que eu estive na cadeia? Os policiais me zoaram, mas os companheiros de cela me ajudaram", conta Rafael, que participará nos próximos dias de uma manifestação pedindo a libertação da amiga.

Ele deve visitar a amiga na penitenciária no próximo domingo. Ambos estão sendo processados por destruição do patrimônio público e podem pegar uma pena de três anos de reclusão. Aponta-se envolvimento em outras duas ações anteriores, em junho no Centro Universitário de Belas Artes (Vila Mariana) e na galeria Choque Cultural (Vila Madalena). As três iniciativas teriam como mentor Rafael Guedes Augustaitiz, conhecido no meio como Pixobomb, e foram registradas em vídeos ou fotos.

A primeira foi proposta como trabalho de conclusão de curso (TCC). Pixobomb foi reprovado, expulso da faculdade, fichado na delegacia com mais cinco amigos e processado por danos. A segunda ação queria atacar "uma bosta de galeria" que "abriga artistas do underground, então, é tudo nosso", nas palavras da carta de convocação. Esse protesto rachou em discussões e ameaças os pichadores e os grafiteiros que estão levando seus trabalhos para circuito.

A turma de Pixobomb se intitula "PiXação: Arte Ataque Protesto" é formada por dezenas de jovens entre 15 e 30 anos da Grande São Paulo que se conheceram nas ruas. A garota presa é uma exceção: a gaúcha Caroline conheceu o grupo pela Internet.

Outras intervenções clandestinas na mais tradicional exposição de São Paulo não tiveram desfecho tão drástico. O grupo Arac, por exemplo, colou adesivos nas pilastras e paredes do prédio e publicaram em blog um Manual para a Invasão da Bienal. Já estudantes de publicidade promoveram um flash-mob (expressão inglesa que significa multidão instantânea) com suas camisetas formando a pergunta: "Sem idéia?", filmando tudo para passar o vídeo na Web.


A ARTE COMO CRIME

A invasão da pichação inspirou o artista Eli Sudbrack a fazer uma série de peças de neon usando o grafismo exposto na galeria Casa Triângulo, que está instruída a não chamar a polícia caso os pichadores passarem para lá.

"Achei a ação dos pichadores fantástica, de uma coragem inacreditável. Não sei como os curadores não abraçaram o conceito. Deve haver alguma razão política. Só porque a garota não é do mesmo estrato social da elite artística", questiona Sudbrack, que pede uma ação dos artistas para liberar Caroline. "Se a Bienal não tirar ela de lá, temos que fazer algo. Eu mesmo já colei stickers em exposições importantes nos EUA. É um absurdo o que está acontecendo. Ela não é uma criminosa", critica o artista.

Na blogosfera também o apoio foi maior que a recriminação. Vitor Ângelo, que mantém o blog Dus Infernus, relatou o caso do ponto de vista de alguém que estava naquele domingo 26 de outubro às 19h30. "Me deparo com a curadora Ana Cohen descabelada, chamando-gritando pelos seguranças, polícia. Vejo uma manada de jovens em uma coreografia que lembrava os animais livres da savana correndo e gritando por liberdade de expressão. Não resisti, aplaudi forte como muitas outras pessoas", escreveu Ângelo, para logo teorizar.

"A Bienal ao apagar os pixos assim como a grande maioria dos senhores envolvidos com a tal arte contemporânea estão situados e sitiados no terreno da cultura, já os pichadores, eles estão no terreno da arte", completou, citando frase do cineasta francês Jean-Luc Godard ("Cultura é regra, arte é exceção").

A organização afirmou antes da abertura da Bienal que sabia da ação dos pichadores, mas só reforçou o policiamento, com revista de bolsas, após o incidente no primeiro dia da exposição. Na hora da confusão, os seguranças tentaram conter os protestantes até a chegada da polícia. A maioria escapou após quebrar um dos vidros do prédio.

link para assistir ao vídeo da pixação.
http://diversao.uol.com.br/ultnot/multi/2008/10/28/04023560E4A12326.jhtm?metropolis--pichacao-na-bienal-de-sao-paulo-04023560E4A12326

Convocação para bienal! IMPORTANTE


Queridos Artistas e demais Pessoas Sensíveis

Peço atenção a todos voces para essa convocação que, em face aos fatos relacionados com o imenso VAZIO provocado por essa (XXVIII) Bienal que se encerra sábado, se torna extremamente oportuna e necessária.

Conto com a adesão de voces, pois não podemos permitir que um evento de tal importância tenha se "esvaziado" dessa maneira.
Um certame que já abrigou e nos trouxe entre outros, Rothko, Jasper Johns, Hooper e Picasso, não pode nos privar do que há de melhor da produção artística no planeta, como aliás, mandam os seus estatutos.

CHEGA de empulhação e engano.
Queremos CONTEÚDO.

Além do mais, que estória é essa de mandar PRENDER alguém que só quis fazer o tal "CONTATO VIVO" que o lema da Bienal tanto enunciava?
Censura? Voltamos aos tempos da ditadura e da repressão ?


ANTONIO PETICOV



C O N V O C A Ç Ã O



Gente, sábado é o último dia da Bienal do Vazio. Precisamos fazer algo, JUNTOS, TODOS!



Queremos os pescoços de Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen!

Viva a liberdade de expressão! Abaixo ao vazio intectual!

O Brasil possui riquezas diversas para mostrar ao mundo! Vamos mostrar do nosso jeito!

O que vimos, este ano, foi um "vazio" intelectual protagonizado por Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen.

Estes quando procurados alegaram estar com suas agendas cheias! Cheias de vazio?


Artistas, vamos nos unir!

Vamos levar nossas obras artísticas para rua, vamos expô-las na frente do prédio da Bienal, neste sábado as 9 h da manhã! Cada um com a sua linguagem!

Vamos fazer uma MEGA EXPOSIÇÃO para mostrar ao mundo que o Brasil, atualmente, conta com feras nos mais diversos campos das artes.

Já estamos contatando artistas, a imprensa, amigos, todos interessados em mudar este capítulo vergonhoso da estória da nossa querida Bienal.

Não fiquemos atrás de nossas mesas apenas clicando nossos disabores!

Vamos, sábado, para frente do prédio da Bienal defender a cara da nossa arte para o mundo!

Amamos muito nossa terra. Nossa terra colorida repleta de vida! Temos muito o que mostrar.

Poderemos mostrar! Iremos mostrar!

Cintia

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Palestra: Arte na Era da Obesidade, RJ




clique na imagem para ler os detalhes.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Arte Atual-Catálogo de arte deve ser visto como gibizinho de mangá




Há alguns sábados estava eu conversando com amigos,começamos a ver um catálogo da exposição realizada no CCBB.(centro cultural banco do brasil[aquele mesmo que teria um em RECIFE,e nunca deu em nada])
O catálogo era moderno,feito por quem sabe copiar, `à risca, o padrão de qualidade e programação visual dos catálogos que circulam em grandes instituições da europa e america do norte.Sabe quando uma coisa repetida e repetitiva te dá aquela "cansada"??


Não me refiro aos trabalhos dos artistas, e sim sobre os formatos de catálogos e livros de arte contemporânea existentes e todas as outras coisas que pecam por fazer a linha "globalizado" e internacinal.
Sabe aqueles catálogos que tem uma foto do artista, e fotos de seu trabalho? deveria constar embaixo da foto: artista plástico e modelo!
As fotos sempre claras, maravilhosas ou enigmática e bem caprichadas.
Digna de verdadeiras estrelas!
:D
Daí começei a analisar bem o processo de visualização, e subversão de significados atribuídos à arte, pela maioria das instituições e mercados, e também referente à "tal" arte contemporânea.
1º- Vê- se a foto do artista, arrasando.
2º- O nome, e sobrenome, da estrela.
3º-Lê-se um texto cheio de jargões e referencias, que só sendo do meio de arte, e mesmo assim estudado muito(uahua),para que se entenda algo ou possa ser feita alguma relação entre a pessoa que lê to texto, e o trabalho sobre o qual o texto foi escrito.
e por ùltimo:
Duas páginas com as fotos das obras.

Por mim ok!Estudei e estudo a tal arte contemporânea, estratégias de inserção em mercados(rs!) história da arte européia, americana... então entendo as referências corriqueiras nestes padrões internacionais (marketeirinhos de doer)
But,
Tive uma idéia que já está me dando um refresh dessa canseira da arte contemporânea e suas ferramentas de sedução às avessas.
A partir daquele dia que conversava com os amigos e olhava os catálogos de arte, leio o texto inicial dos catálogos, e pulo láááá para a ùltima página.

Assim sempre vejo primeiro as duas páginas com as fotos dos trabalhos, penso neles, analiso, depois leio o textinho(na maioria das vezes arbitrário). E por ùltimo vejo a carinha de "nova geração" dos modelos contidos naquele book.
Opa!foi mal
eu queria dizer que:
Por ùltimo, vejo a carinha de "nova geração" do artistas de alguma exposição "tal" arte contemporânea.

Pois é, agora vejo catálogos de arte como quem lê quadrinhos de mangá.
De trás prá frente!



Aslan Cabral