sol lewitt 1928-2007

O artista norte-americano Sol LeWitt, considerado um dos expoentes máximos da arte conceptual, faleceu em Nova Iorque aos 78 anos vítima de cancro. LeWitt trabalhou em duas e três dimensões, criando desde murais de coloridos motivos geométricos a estruturas modulares construídas a partir da repetição de cubos ou do desenrolar de formas geométricas. O artista reduziu a sua linguagem expressiva a formas básicas, como os quadrados, as esferas e os triângulos, e a cores primárias. LeWitt foi um activo apologista da arte conceptual, dando primazia à ideia sobre a sua execução e estética. Em meados dos anos 60 começou a experimentar desenhar sobre paredes, uma ideia considerada original e radical na medida em que os murais eram executados por uma equipa de assistentes que seguiam meticulosamente as suas instruções. O artista chegou a idealizar uns 1.200 destes murais efémeros que deviam ser apagados uma vez terminada a sua exibição temporária. “LeWitt desenvolveu um método de trabalho para criar obras de arte basedas em simples direcções, obras que podem ser executadas por outros em lugar do artista. Rejeitou a noção de arte como un objecto único e precioso”, afirmou a historiadora J. Fiona Ragheb no catálogo da colecção do Museu Guggenheim. No catálogo da sua retrospectiva no MoMA, em 1978, a comissária Bernice Rose assinala que os seus revolucionários murais “foram tão importantes para o desenho como foi o uso da técnica de Pollock para a pintura dos anos 50”. Nascido em 1928 em Hartford, no estado de Connecticut, LeWitt estudou arte na Universidade de Syracuse, onde se licenciou em 1949, e estudou no exército dois anos, a partir de 1951, durante a Guerra de Coreia. Em 1953 mudou-se para Nova Iorque, onde teve diversas ocupacões, incluindo a de recepcionista no MoMA, antes de começar a afirmar-se como artista. A sua primera exposição individual ocorreu em 1965 na galeria John Daniels de Nova Iorque e desde então a sua obra foi exibida em quase uma centena de galerias espalhadas pelo mundo.