quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ROTATÓRIA DE GALA (Belo Horizonte)



O coletivo AZucrina! orgulhosamente convida a população
belorizontina para a comemoração de suas 2 primaveras completadas,
que se dará às 18hrs do dia 13 de dezembro de 2008
embaixo do viaduto Sta. Tereza.

Gente fina, elegante e sincera
Música ao vivo
Traje: esporte fino





www.azucrina.org

terça-feira, 25 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Expos da semana (buenos aires)

Festival Internacional de Arte de Acción

Noviembre 2008
Buenos Aires – Argentina

última semana


http://zonadeartenaccion.blogspot.com/


AGENDA


Domingo 23 – 20 hs.
ESPACIO RECONQUISTA
Reconquista 890 3º G - Ciudad Autónoma de Buenos Aires

Stephen Lawson - Aaron Pollard - 2 Boys TV


Lunes 24 - 18,00 hs.
IUNA - Sede PINZON
(Instituto Universitario Nacional del Arte)
Patricios 740 - La Boca – Ciudad Autónoma de Buenos Aires



Aníbal Vallejos/ Aslan Cabral / Calixto Saucedo
Isabel Mónaco/ Lisette Olivares / Javier Del Olmo


Martes 25 - 18,00 hs.
IUNA - Sede LAS HERAS
(Instituto Universitario Nacional del Arte)
Av. Las Heras 1749 - Ciudad Autónoma de Buenos Aires

CALIXTO SAUCEDO - PRESENTACION LIBRO OBJETO
7 veces 7 arte y conurbano argentina siglo XXI

MONICA GARCIA, ALEJANDRA BOCQUEL y NORBERTO JOSE MARTINEZ
Charla abierta, sus experiencias como artistas gestores de los encuentros de Arte de Acción del año 2000 y 2002 en Buenos Aires - Argentina.




Jueves 27 - 18,00 hs.
CASA DE LA CULTURA - FLORENCIO VARELA
Mitre 149 - Florencio Varela

Marcelo Gandhi / Malgosia Butterwick / Morgan Ohara
Michiko - Maria De Brea / Luis Eduardo Martínez / Andrea Cárdenas



Viernes 28 – 19hs.
ESCUELA DE ARTE DE FLORENCIO VARELA
San Juan 122 - Florencio Varela

Claudia Ruíz Herrera / Vanesa Genlote
Grupo Repecho / Jane Jin Kaisen /Cheto Castellano /Marcelo Gandhi


Sábado 29 de noviembre - 18,00 hs.
Cierre del Festival
CHELA
(Centro Hipermediático Experimental Latinoamericano)
Iguazú 451, Parque Patricios – Ciudad Autónoma de Bs. As.

Ángel Pastor / Marcus Vinicius / Javier Sobrino / Leticia Orieta
Mariana Motuzas / Mónica García / Soledad Sánchez Goldar
Claudio Braier / David Khang / Carolina Montano / Santiago Javier Gasquet

+

happening colectivo - Marcelo Gandhi

+

musikita

Los Dulces / Los Pakidermos / Los Roñosos





ORGANIZACIÓN Y PRODUCCIÓN
Gabriela Alonso – Nelda Ramos / Zonadearte

EQUIPO DE DOCUMENTACION
Fotografía
María De Brea / Marcus Vinicius / Nelly Paris
Emilio Paravisi / Flavia Paravisi / Milton Alvarado

Video y edición
Julián Rivero / Julia Sánchez

Traducción
Roberto Ruíz / Flavia Paravisi

Colaboradores
AAVIV / Zulema Eleo / Mara Miño / Michiko / Joaquín Amat
Federico Vázquez Villarino / Raúl Lacabanne / Gabriel Montero
Dirección de Cultura y Educación - Municipalidad F.Varela

domingo, 23 de novembro de 2008

Expos da semana (Recife)






Esta semana acontecerá a abertura de três exposições no Recife.Na galeria Dumaresq, que atualmente tem representado um representativo recorte da jovem produção pernambucana, apresenta exposição " grades de caminhões " do veterano Renato Vale na quarta-feira, dia 26 às 19 hrs
mesmo horário e data que o Museu do estado abre a primeira exposição dos convidados do salão pernambucano.Delano e Samico são os convidados desta leva.
E na terça-feira, um dia antes, é a vez de Cristiano Lenhardt, que abre a exposição "Diamante" no Centro Cultural Banco Real.Imperdível.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esta Bienal... reflete a arte contemporânea?













Esta Bienal... reflete a arte contemporânea?

Talvez a 28.ª edição seja espelho da debilidade da instituição e não da expressividade do circuito



Crítica Aracy Amaral

A gente entra; e de imediato se indaga, constrangida: a "isto" se viu reduzida a Bienal de São Paulo? Mas é bom que se saiba: a indigência presente na Bienal de várias maneiras e que vimos na noite de abertura não reflete a arte contemporânea. Ela é antes espelho da debilidade de uma instituição. Não há necessidade de fazer simpósios ou seminários sobre o assunto. Também entendemos que a Bienal não é festival de artes em geral. Em São Paulo, a oferta de espetáculos de dança, música e teatro é imensa o ano todo e teria sido desnecessário o que se despendeu ocupando o espaço com essas atividades.

Quando se viaja ao exterior e se vêem exposições marcantes de artistas em grandes museus como a Tate Modern, em Londres, ou em Viena, no Ludwig Museum, ou em Nova York no MoMA ou Whitney, só para citar alguns, damo-nos conta do que está se passando em arte contemporânea. Como ao visitar uma Documenta de Kassel, por exemplo.

Também as grandes feiras internacionais de arte nos passam uma imagem viva da efervescência do meio artístico, seja com as obras expostas, ou com seminários que realizam.

Se entre nós o problema foi falta de verba que caberia à presidência da Bienal providenciar, essa presidência está no lugar equivocado, pois essa é a sua competência. Se a escolha do curador foi tardia, a responsabilidade é da instituição e da curadoria que aceitou, assim como a proposta e suas limitações, pela simples necessidade de vê-la aprovada por falta de tempo para executar ou conceber outro projeto.

Até detalhes paralelos à "proposta" de Ivo Mesquita podem ser criticáveis. Como a apresentação de "documentos da Bienal", pois afinal, o Arquivo Wanda Svevo sempre esteve aberto a pesquisadores e não precisava ter sido deslocado para o terceiro andar nem facilitar o manuseio de catálogos raros por parte de qualquer visitante sob risco de perda ou vandalismo.

Tentemos falar claro. Esta Bienal parece antes preconceituosa - em sua preocupação em não mostrar artistas de outras tendências, mas apenas aqueles rigorosamente conceituais . Afinal, para citar apenas um jovem artista brasileiro e um do jet set, as imagens poderosas de um Henrique Oliveira acaso foram cogitadas? Um Damien Hirst, artista há 20 anos "estrela" no meio internacional, não seria interessante ter sido apresentado? A arte chinesa de hoje (e mesmo a coreana !), espanto em grandiloqüência, mas sem dúvida um fenômeno das artes visuais de nossos dias, e atual "darling" de museus e centros culturais de todo o mundo ocidental, por que não está presente? Na linha de "happenings", por que não pensar nos 40 anos depois do Grupo "actionista" de Viena, do qual fizeram parte Schwartzkogler e Gunther Brus, performáticos e violentos em suas manifestações e expressões ao vivo e em vídeo? O Ludwig Museum de Viena comemorou com grande exposição em junho-julho último essa documentação forte, embora os jovens de hoje raramente saibam que existiu e creio que pouco se comovessem ao ver esses documentos. A arte também envelhece. Mas, enfim, há tantas vertentes das artes visuais no mundo que a pálida 28ª Bienal pode passar ao visitante incauto a falsa impressão de que nada mais ocorre na área. Ou, que não há nada de outros tempos que bem valeria um gesto generoso por parte do "Conselhão" ou Comissão (?) da Bienal em aprovar, recomendar e levantar fundos para sua apresentação. Afinal, repetimos, fortunas não nos faltam em particular neste Estado. E temos em mente que presidir uma Bienal de São Paulo, ou candidatar-se a esse cargo, pressupõe minimamente séria responsabilidade.

Mas, ou se apresenta evento digno dessa tradição - Bienal de São Paulo - ou se reformula a existência ou freqüência do evento, como sugerimos há mais de 30 anos em simpósio latino-americano ocorrido aqui na Bienal mesmo para que ela se transforme em trienal ou quadrienal. Embora nossos profissionais, enquanto curadoria, sejam dignos de respeito, nada mal se em bienais alternadas tivéssemos curadores convidados de outros países, do mais elevado nível, para formar e diversificar as equipes que se formam no Parque do Ibirapuera.

Se não se pertence ao círculo fechado do "Conselhão", ou dos que decidem o que entra e o que não entra -, pois estamos distantes da organização por parte dos países convidados para que tragam seus artistas indicados pela curadoria da Bienal - nunca será veiculado quais os que foram convidados e não compareceram, por recusa, ou porque não houve orçamento possível.

No terceiro andar, sem dúvida o que mais chama a atenção são os móveis de marcenaria de mesas, cadeiras e bancos, que seriam muito bem-vindos em centros culturais sem recursos ou mesmo em creches de nossos bairros mais carentes, segundo observou Ana Maria Belluzzo.

Como descobrir uma proposta interessante da fértil Rivane Neuenschwander em meio às mesmices expostas, como as reproduções nas paredes ou papéis em vitrines que dificilmente despertam nossa atenção? Referimo-nos à monotonia da arte conceitual, a nos recordar das maçantes exposições de galerias dos anos 70 em Nova York ("como são chatas!", nos dizia Hélio Oiticica, só para citar um nome respeitado em nosso meio). Naquele tempo, só de penetrar numa dessas galerias, dar uma olhada às pranchas penduradas com palavrórios mil e cálculos matemáticos já era suficiente para nos expelir do recinto.

Não deixamos de notar o assédio curioso de uma obra por parte do público que ocasionou a única longa fila que vimos no dia da abertura - a possibilidade de penetrar no tobogã do belga Carsten Höller - para poder usufruir da adrenalina na queda vertiginosa. Na verdade, esse trabalho, de verdadeira interação com os visitantes, talvez seja o único da Bienal a alcançar a escala de bienais passadas em termos de expectativa: "Quero ir à Bienal para ver tal trabalho."

Allan McCollum, uma raridade igualmente, parece ter trazido, com seu envio, aquilo que eu consideraria um "trabalho para um espaço de Bienal".

Por isso me pergunto, espantada diante do que está exposto, como preparar visitas guiadas de escolares? Como explicar "artes visuais contemporâneas" a um público infantil ou adolescente nesta Bienal? Ou, como justificar a existência das Bienais?

Convenhamos: como ouvir tranqüilamente que é "genial" o piso geométrico de Dora Longo Bahia, que deve ter sido de difícil implantação, por certo, para seus auxiliares, com desenhos a nos lembrar azulejos hidráulicos magnificados, ou de inspiração islâmica?

Na verdade, ao ver a diminuta peça de Iran do Espírito Santo, parece que esta Bienal, salvo exceções, pelo teor das propostas, parece feita de presenças antes para a elite freqüentadora de galerias do que baseada numa concepção considerando o grande publico. O que significa isso?

Significa que num evento "bienal", "trienal", em particular num país como o Brasil, de extrema desigualdade social e educacional, os espaços, a cidade, as obras e os visitantes devem ser pensados em termos interativos, como alvo de motivação e não apenas de exibição.

Assim foi o propósito, a meu ver, que ocasionou a vinda da Guernica (em 1953-54), da sala Mondrian, da sala Picasso, da sala Van Gogh, do pop norte-americano já em meados dos anos 60, e de tantas outras salas especiais, como a dos artistas modernos e modernistas da Bienal da Antropofagia. Ou mesmo da Bienal da Grande Tela, sob a curadoria de Sheila Leirner, em 1985, ao trazer-nos a nova pintura dos anos 80. Claro que o Brasil mudou, e nossos museus e centros culturais idem. Assim, temos tido grandes exposições nos últimos 10-12 anos. Mas quem sabe os tempos agora ficarão mais magros e teremos que batalhar por novas oportunidades?

Mas, afinal, o que eu vi na abertura da Bienal? Muita "arte de processo", tendência típica dos anos 70, ou simulacros, como uma pseudoloja de rua reproduzida no interior da Bienal (Chaveiro, de Paul Ramirez Jonas), pseudográfica com impressão de jornais (Erick Beltrán), folhetos conceituais humorosos (ou não), e por vezes criativos, como sempre são distribuídos nas Bienais ao longo do tempo; entre vídeos modestamente dispostos, ao largo do circuito "nobre" do espaço, como alternativa para eventual outra visita do apreciador.

Melhor não mencionarmos a museografia, a organização do espaço desta Bienal. Nem há etiquetas dos autores dos trabalhos em suas proximidades. Talvez entendam os curadores que os folhetos com mapas impressos sejam suficientes... Não o são. Passa uma idéia de descaso para com o visitante, de falta de tempo para os "finalmente" do evento.

O que é o "espaço vazio" da Bienal? Prédios e habitações vazias em nossos tempos são um convite certo à "invasão". Se não ocorre "ocupação", vamos ocupá-los. Assim pensaram visitantes de um museu, cujo diretor, na década de 80, deixou o espaço vago para motivar a população, numa cidade no sul da França, a ocupá-lo com objetos e obras que traziam de casa. Mas acontece que hoje vivemos em tempos bem mais agressivos.

Colocar como alvo de admiração o espaço concebido por Niemeyer, e que usufruímos há mais de 50 anos, poderia ser projeto para uma Bienal de Arquitetura de São Paulo. Mas esta é a 28ª Bienal. Assim, não tem sentido, e mesmo a definição desse espaço pela curadoria parece-nos equivocada se não for de humor (?) dúbio (*). Assinala falta de idéia, de concepção, de tempo, de orçamento. Ou tudo junto. Se o desejado é a polêmica sobre a provocação, então o objetivo foi alcançado. Mas o "void", com certeza, é uma omissão. Nada tem de rebeldia. E se o curador da Bienal, Ivo Mesquita, aceitou os termos da presidência, as regras do jogo, quando aceitou, não se pode dizer apenas que "salvou" a Bienal por ter ela sido realizada em menos de um ano. Pode-se ser mais incisivo: dizer que ele "quebrou o galho" para a atual presidência. E certamente poderá até ser elaborado um catalogo bilíngüe pleno de textos sobre a filosofia da arte de nosso tempo.

Na verdade, há algo de cinismo murmurado, reconhecido e vivenciado no meio artístico contemporâneo. O conceitual é bem imaterial, mas aqueles que sobrevivem vendem, ou viajam a convite para expor suas criações. A própria crítica, as curadorias, a mídia, o sistema de galerias e museus, todos enfim contribuímos amplamente para esse fim, apesar do que se publica em vários países sobre esse fenômeno. Isso se deve ao fato de se escrever, em geral em literatura pouco acessível ou pedante, sobre obras sem nenhum ou parco valor, para um público reduzido que acredita erroneamente que quanto mais hermético mais elevado.

Mas é certo que a criação contemporânea é um instante de trânsito, entre o passado e o futuro, pois como prever qual será exatamente o tipo de expressão visual dentro em pouco com os avanços da nanotecnologia, da internet, do papel eletrônico ou da fotografia digital, que influenciarão várias formas de manifestação?



*No folheto distribuído ao público é definido esse espaço e sua concepção: "2.º andar: Planta Livre - Ao contrário das bienais anteriores, que transformaram todo o interior do pavilhão modernista em salas de exposição, desta vez o segundo andar está completamente aberto, revelando sua estrutura e oferecendo ao visitante uma experiência física da arquitetura do edifício. O termo ?planta livre? refere-se ao conceito criado por Le Corbusier, em 1926, para definir um dos cinco princípios da nova arquitetura."

Aracy Amaral é crítica e historiadora de arte

Este artigo foi publicado no estadão na sexta-Feira, 31 de Outubro de 2008
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081031/not_imp269905,0.php


28.ª Bienal de São Paulo - Em Vivo Contato. Fundação Bienal. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.º, Parque do Ibirapuera, portão 3, 5576-7600. 3.ª a dom., 10 h/ 22 h. Grátis. Até 6/12. site: www.28bienalsaopaulo.org.br