quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cultura Previdenciária-Campanha de utilidade pública para os trabalhadores da área cultural(é bom ficar atento!)





Desde o início deste mês, vem sendo veiculada na televisão a campanha
Cultura Previdenciária, uma iniciativa do Governo Federal, por meio
dos Ministérios da Cultura (MinC) e da Previdência Social (MPS).
Voltada aos profissionais da área cultural, a propaganda ressalta a
importância da valorização de todas as atividades realizadas nos
diversos segmentos da cultura brasileira.
A campanha de utilidade pública objetiva alertar sobre a necessidade
desses trabalhadores garantirem tranqüilidade e segurança com a
complementação de sua renda na fase de aposentadoria, ou em outras
circunstâncias. Dentre as alternativas, encontra-se o regime de
previdência complementar fechada e a adesão a planos associativos
como, por exemplo, o já existente CulturaPREV.
Para a divulgação e a promoção da campanha Cultura Previdenciária
também foi criada pelo desenhista Ziraldo uma arte gráfica bem
elucidativa, na qual a formiguinha abraça a cigarra para juntas se
encaminharem em direção ao futuro.
Assista ao vídeo e informe-se sobre o assunto.
http://www.cultura.gov.br/culturaprevidenciaria/

Plano CulturaPREV
Instituído em 2004, o CulturaPREV é um plano de previdência
complementar fechada exclusivo para os profissionais da cultura,
administrado pela Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros),
que já conta com a adesão de dez entidades associativas
representativas de setores artístico-culturais do país.
Podem se inscrever no plano os participantes da Associação Brasileira
de Museologia, Associação Sergipana de Autores e Intérpretes
Musicais, Cooperativa Paulista de Teatro, Sindicato dos Artistas e
Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Ceará, Sindicato
dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de
Pernambuco, Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de
Diversões do Estado do Sergipe, Sindicato dos Artistas e Técnicos em
Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro, Sindicato dos
Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, Sindicato dos
Músicos Profissionais do Estado da Bahia e Sindicato dos Artistas
Plásticos do Estado de São Paulo.

Saiba Mais:
https://www.petros.com.br/petrossite/servicos/hotsiteculturaprev/desig
n/html/main.html


Publicado em 01 de dez de 2008

O trabalhador da cultura
O trabalhador da cultura é um personagem inserido numa cena
profissional extremamente dinâmica. A grande diversidade de
linguagens, etnias e valores, juntamente com a criatividade
característica da população brasileira, faz de nossa cultura um mundo
de alternativas simbólicas.
No filme que produz, nas peças de teatro ao ar livre, nas exposições
de sua arte, nas turnês por todo o país, no artesanato em sua
oficina, no cenário que constrói para o público, na iluminação
realizada para acontecer o espetáculo, enfim, nas diversas maneiras
em que está inserido na realização dos produtos de nossa cultura,
esse trabalhador muitas vezes investe seu próprio patrimônio sem
nenhuma certeza de retorno financeiro.
Esse investimento de risco é feito, muitas vezes, apenas pelo prazer
de ver o seu trabalho realizado, reconhecido e aplaudido. Contudo, ao
longo de sua vida, o artista necessita de segurança para fazer melhor
o seu trabalho e criar com a liberdade que esse trabalho requer.
Se até então ele não se preocupara com isso, agora é preciso planejar
o futuro de outra maneira. Dos grandes problemas enfrentados pelos
trabalhadores da cultura, talvez um dos maiores seja a dificuldade em
filiar-se ao regime da Previdência Social.
Segundo levantamento realizado em 2004, pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), estima-se um total de 1.900.000
pessoas envolvidas no mercado cultural no país. Grande parcela desses
trabalhadores têm até 40 anos de idade, ou seja, com tempo de
trabalho em torno de 20 anos.
Por outro lado a capacidade de poupança desses profissionais é, em
média, de cerca de R$ 25,00 por mês. Aquém dos valores de planos
oferecidos pelo mercado previdenciário.
Objetivando atender especialmente as necessidades da área cultural, a
fim de garantir um pecúlio justo a esse segmento, os Ministérios da
Cultura e da Previdência Social firmaram parceria que é estratégica
para fomentar a criação de planos previdenciários acessíveis a essa
categoria profissional.
Dentre outros fatores, esses planos devem levar em conta:
· Acesso a Planos de Previdência Complementar, com valores mensais
acessíveis (mínimo de R$ 25,00)
· Utilização de todos os mecanismos possíveis de cobranças das
contribuições, como boletos bancários e débitos em conta corrente,
não restringindo o acesso dos potenciais participantes
· Possibilidade de suspensão, a qualquer momento, da contribuição
básica do participante ao plano de benefícios

Um comentário:

Christina Machado disse...

Por ser uma artista já quase daqui a pouco "agora" de meia idade, procurei saber sobre o assunto a uns 2 anos atrás.Abandonei o caso por ñ ter nenhuma cooperativa de artes plásticas em Pernambuco- segundo o funcionário-ñ poderíamos nos unir ao teatro.Me sinto com força e garra para iniciar "agora" qualquer processo, portanto, será que poderíamos nós artistas plásticos de PE nos unir e fundar uma cooperativa?
A todos que pergunto, ninguém se organizou ou está organizado para manter uma previdência, nunca dá.É uma vida de corda bamba onde o esforço, sinceridade e profissionalismo ñ entra no perfil da sociedade como por exemplo concursos públicos onde salários iniciais já deixam vc numa vida privilegiada e organizada.O artista sai desse contexto, eu sei,pois a adversidade em relação a criação ñ cabe dentro de uma instituição e assim ficamos voando entre o céu e a terra. Onde pode caber esse lugar de direito e respeito pelo artista?